sábado, 7 de março de 2009

Entre flores e espinhos...


"Eu canto pra família que deu certo
Eu canto em homenagem ao casal que conseguiu
Que conseguiu erguer a casa dos seus sonhos
Que conseguiu pôr um sorriso em cada filho que gerou
É tão bonito, é tão bonito, é tão bonito de se ver
Em tarde ensolarada de um domingo, mês qualquer
Família aprendendo a ser família outra vez
É tão bonito, é tão bonito, é tão bonito de se crer
Que os jovens erguerão famílias fortes outra vez...


Eu canto pro casal que não deu certo
Eu canto e peço luzes para quem não conseguiu
Não conseguiu erguer a casa dos seus sonhos
Não conseguiu pôr um sorriso em cada filho que gerou
É tão doído, é tão doído, é tão doído de se ver
Em toda e qualquer hora, qualquer dia, mês qualquer
Casais que não se entendem, não conseguem nem se olhar
É tão doído, é tão doído, é tão doído de se ver
Um sonho que acabou e não tem chance de voltar..."

(Em Família - Pe. Zezinho)


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Eu tinha tanta coisa pra escrever...

Pra expressar a tristeza de - entre tantos sonhos que tenho recebido de Deus, entre tantas pessoas com sonhos lindos que tenho conhecido, entre tantas flores - ver que existem tantos, mas tantos mesmo que têm vivido sem sonhos, sem propósitos, sem identidade, e sem sequer acreditar que ainda existam flores, devido aos tantos espinhos que têm vivido...

Família... é por isso que nós temos lutado, é por isso que temos dedicado, ofertado tanto de nós mesmos por um futuro que pode ainda estar tão distante, porque temos entendido através do próprio Espírito Santo, a importância da FAMÍLIA! Todas as coisas começam nela, através dela... é nela que, inicialmente, nos tornamos quem somos, adquirimos conceitos, valores, ética... ela deveria ser nosso porto seguro, nossa fonte de amor, paz, alegria, identidade, bençãos... Foi isso que Deus sonhou para a Família! E o mundo tem jogado tudo isso fora! O mundo tem, simplesmente, ignorado, marginalizado, exterminado a essência, o valor que a Família tem em nossas vidas... Na verdade, as pessoas tem fingido que isso não existe, e vivido como se nada disso fosse verdade – como se não importasse se uma pessoa tem um Casamento ou uma “união estável”, se os filhos são frutos de seus sonhos ou meros “acasos”, se o pai e a mãe vivem juntos ou totalmente separados... no entanto, os frutos de todas essas coisas continuam surgindo – e hoje vemos a sociedade em que vivemos!

Quanta coisa ruim existe ao nosso redor! Quantas pessoas infelizes, sem identidade, sem propósitos, incapazes de sonhar, de ter fé, sem paz... Famílias separadas pelo ódio, irmão que não fala com o irmão, filho que odeia pai e mãe, pai que violenta filho, mães que abandonam seus filhos, casamentos destroçados, lares sem amor... Meu Deus! Quanta coisa horrível! Quantas crianças na Índia que são vendidas para casas de prostituição por seus próprios pais, milhares e milhares delas! Quantos jovens, e mesmo adultos, entregues a vícios, drogas, álcool, cigarro, tentando fugir da realidade que vivem, tentando fugir de uma vida sem amor, sem objetivo, de uma vida sem essência... porque suas famílias, que deveriam ser o primeiro canal das bênçãos de Deus em suas vidas não sabem fazer mais nada além de amaldiçoa-los! Meu Deus! Quanto homossexualismo, crianças “decidindo” ser homossexuais, quanta imoralidade sexual, meninas de 10 anos ficando grávidas, abortando ou criando filhos como pesos em suas vidas! Quantas crianças que têm nascido rejeitadas desde o útero de sua mãe, seja pela mãe, pelo pai, pelos familiares – vidas que já nascem debaixo de um espírito de culpa, de serem indignos do amor de seus pais, as pessoas mais importantes de sua vida! Isso é um absurdo!

E as pessoas ainda insistem em dizer que “Família já era!”, que “esse negócio de Casamento, de pai e mãe juntos, de tudo certinho não funciona mais assim, porque a gente tem que se acostumar com os novos tempos!”. E todas as vidas que estão sendo destruídas – física, emocional, psicologicamente – em função disso? E os filhos que já crescem desacreditando que um dia amarão alguém de verdade, que um dia formarão uma família feliz e acabam se conformando em viver ao lado de pessoas que não amam, se sujeitando a situações como violência, raiva, desconfiança, ciúmes, insegurança e tantas outras coisas? E os sonhos que são roubados das crianças, a infância sem inocência, o roubo que essas pessoas sofrem durante toda a sua vida?

Não é uma questão de romantismo, é uma questão de necessidades que todo ser humano tem! Todas as pessoas têm necessidade de se sentirem amadas, importantes, valorizadas... de se sentirem HUMANAS! Todas as pessoas têm necessidade de ter sonhos, de acreditar na vida, de querer crescer e ir além... Todas as pessoas precisam se sentir GENTE! E como isso vai acontecer se as famílias, o nosso CENTRO, o local em que nascemos e vivemos os primeiros e imprescindíveis anos de nossas vidas, onde aprendemos valores, condutas, ideais, ética, ou a total falta deles, tem gerado indivíduos vazios, descrentes, inseguros, infelizes? Como vai-se acreditar no casamento se o mundo tem nos ensinado a ter relacionamentos egoístas e mesquinhos, onde pensamos apenas em nós mesmos, onde o outro é um mero objeto de auto-satisfação e, quando você já não se sente “satisfeito”, você simplesmente ignora, joga fora, exclui da sua vida? Como acreditar em sonhos se o mundo tem se dedicado arduamente a nos convencer de que as pessoas são todas iguais – falsas, mentirosas, egoístas – até o ponto de nos tornarmos exatamente a mesma coisa? O que as crianças das futuras gerações aprenderão?

E então entendo a magnitude do Compromisso que estamos nos dispondo a viver. Nós somos jovens, poderíamos estar “curtindo a vida” como todos os outros – e colher os frutos de desolação, de falta de identidade e propósitos que a grande maioria deles colhe e continuará colhendo. Mas nós entendemos, pelo próprio Espírito Santo de Deus, nosso Consolador, que Jesus prometeu que estaria ao nosso lado todos os dias de nossas vidas, qual o Plano do Próprio Criador para as nossas vidas. Compreendemos o impacto que as NOSSAS vidas, nossas escolhas, nossas ações podem gerar nas vidas das outras pessoas, nas vidas daqueles que ainda nem nasceram! Como nós podemos ser abençoadores ou amaldiçoadores de acordo com que o decidimos viver! Como nós podemos colher frutos de um futuro de paz, de realização, de plenitude, alegria e AMOR em nossos futuros casamentos e nossas futuras famílias, ou podemos viver casamentos vazios, incompletos, distantes, infelizes, como a maioria tem vivido! Como nossos filhos podem crescer com sonhos, com inocência, vivendo cada fase de suas vidas da forma como o Senhor sonhou pra eles, recebendo as bênçãos de nossas próprias mãos, acreditando nelas por verem em nós o testemunho de uma Família forte, verdadeira e firme em Deus, ao invés de lhes barrarmos o crescimento, a fé, a segurança e a confiança através dos exemplos que nossas histórias terão para dar!

Nós colheremos exatamente o que plantarmos! E nenhum fruto nasce instantaneamente – existe um longo processo desde que plantamos a semente, regamos, alimentamos, até que venham os frutos. Os frutos das minhas decisões de hoje, de como vivo a minha “juventude”, da forma como tenho “curtido a vida” podem não aparecer nitidamente agora, mas a semente está sendo lançada, regada, alimentada todos os dias... e um dia o fruto virá! Se você quer ter um relacionamento feliz, algo que dure e dê certo em sua vida, se você não quer mais se decepcionar com as pessoas, quer viver algo diferente, algo que lhe preencha e lhe traga bons frutos... você precisa começar a cuidar da semente agora! Senão, quando você se der conta, sua árvore está tão grande e os frutos dela serão tantos que você já não será capaz de controlar, a não ser a custo de muito sacrifício e dor.

Nós podemos cuidar de nosso futuro hoje! Nós podemos evitar que nossos filhos e netos continuem histórias de tristeza, descrença, falta de identidade que as gerações passadas tenham vivido... Nós podemos lhes oferecer uma vida linda, cheia de amor derramado através do exemplo de um Casamento puro, forte e firmado em Deus, começando agora mesmo. Na medida em que oferecemos nosso melhor hoje, colheremos o melhor do nosso amanhã! Na vida todas as coisas funcionam assim: quanto mais importante alguma coisa é pra você, mais você se dedica a ela e dá o seu melhor! Por que essa verdade não tem valido para nosso futuro casamento e nossas futuras famílias também?

Se você nunca parou pra pensar em tudo isso, nas conseqüências que suas ações de hoje podem gerar em um futuro bem distante – Por Favor, PENSE! Guardar-se fisicamente, emocionalmente, mentalmente para aquele que será seu futuro cônjuge não é uma mera questão de romantismo, idealismo, ou uma forma de ser diferente – é a melhor forma de cuidarmos e abençoarmos, HOJE, aquilo que será a coisa mais importante de nossas vidas daqui a alguns anos: a nossa FAMÍLIA!

Não há nenhum outro investimento que traga melhor recompensa do que essa!

Um comentário:

Hellen S. Gonçalves disse...

Aline,

Obrigada por mais uma vez me abençoar com suas postagens!!!!!

Eu estava em um daqueles dias em que parece que tudo o que fazemos é em vão, que Deus sequer vê nosso esforço... e o Senhor te usou pra me lembrar novamente, que os frutos não são imediatos... uma arvore precisa crescer para dar frutos...


Deus te abençõe muito!!


Beijos

Hellen Soares Gonçalves