quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Família... Prioridade?


Gostaria de postar a vocês um texto que acabei de ler, no penúltimo número da Revista MCM Povos, e que me chamou muitíssimo a atenção. Interessante que estava conversando sobre esse assunto com um amigo há apenas alguns dias atrás, e cá ele está novamente: "Família, Minha Prioridade".

Essa é uma frase tão comum dentro do meio cristão em geral, mas não acho que podemos chegar numa conclusão tão firme assim avaliando a prática ao nosso redor. Não duvido que a maioria das pessoas que afirmem que a família deve ser a nossa prioridade depois do Reino de Cristo, o nosso "Primeiro Ministério", seja sincera em sua convicção ou entendimento sobre esse assunto - mas a verdade é que a família tem sido exatamente, no decorrer de toda a história da igreja e dos grandes homens de Deus, uma das áreas mais afetadas por nossa dedicação ao "ministério" - especialmente no caso dos homens.

Lembro que em algum momento da minha vida, olhando pras realidades das famílias de alguns pastores ao meu redor, cujos filhos eu conhecia ou tinha alguma proximidade, cheguei à conclusão de que não me casaria com um pastor - porque queria ter um esposo e um pai em minha casa. E essa foi uma triste conclusão. Mas o fato é que a ausência dos líderes e pastores de suas casas é muito mais freqüente do que gostaríamos de acreditar.

E é sobre isso que este texto fala. Não precisamos de teorias e convicções - precisamos de prática. Minha esperança é que possamos compreender essa realidade, e também como nós mesmos somos falhos e passíveis a ela e, através dessa compreensão, nos preparar para lutar contra ela da melhor forma que pudermos. Que o Espírito Santo nos ensine quais são as armas para combater isso.

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Família, Minha Prioridade

"Outro dia presenciei uma cena que modificou radicalmente minha vida. Foi num café com pastores onde estaria ministrando um preletor muito conhecido e respeitado.

Começamos a reunião, ele falava o quanto era muito ocupado e que muitas vezes não tinha tempo para almoçar com a família em casa, nem podia se dar ao luxo de encontrar os amigos e quando eles queriam encontra-lo, tinham de ir até ele. Seus olhos estavam marejados, achei até que vi uma lágrima. Bobagem minha pensei, este irmão jamais iria demonstrar este tipo de emoção nestas circunstâncias, especialmente na frente de tantos pastores reconhecidos aqui na cidade.

Mas durante o desenrolar de sua palavra ele começou a chorar copiosamente e já não conseguia mais falar. Fiquei imaginando o que poderia estar afligindo de forma tão significativa aquele homem. Supus que ele tivesse sido ferido por alguém profundamente, ou feito alguma coisa que tivesse prejudicado alguma pessoa realmente de maneira marcante.

Depois de se conter enxugando as lágrimas ele disse:

“Meu filho vai se casar amanhã”, disse com voz embargada e visivelmente constrangido, “e só agora a minha ficha caiu. Eu fui um tremendo ativista e agora percebo que mal o conheci. Conheço tudo sobre o ministério, aconselhamento de casais, a igreja e tantas outras coisas, mas mal conheço meu próprio filho. Dediquei todo o tempo a crescer ministerialmente e esqueci de me dedicar à minha própria família. Ele vai se casar amanhã, eu nem sei de que cidade é a minha nora e por vezes troco o nome dela...”. dito isso voltou a chorar de tal modo que não pôde continuar.

Voltei para casa, arrasado. Aquela história trágica me consumiu por muitos dias. Prometi a mim mesmo e à minha esposa que nunca seria um pastor assim, mesmo que isso comprometesse o meu ministério.

Eu cresci vendo a igreja ensinar que a família deve ser a primeira depois de Deus na escala de prioridades da vida, mas a grande dificuldade está realmente no priorizar. Como priorizar a família?

A questão é justamente essa. Se você, como eu e a maioria das pessoas tem que “conciliar” família com amigos, trabalho, ministério e igreja, é imprescindível determinar quem vai ser priorizado, antes das inevitáveis crises. Quem você vai colocar em primeiro lugar? Fazendo assim você nunca terá que lutar com difíceis decisões da lealdade ou do compromisso, ou da responsabilidade, ou da imagem, pois a opção foi feita. “Minha família vai continuar em primeiro lugar”!

Não se esqueça: “priorizar” não tem aliança nenhuma com o “conciliar”. Sempre que você conciliar, uma das partes conciliadas vai ter que sofrer o dano.

Colocar a família em primeiro lugar no mundo secular tem um custo muito alto e no meio cristão, talvez em alguns casos, é quase impagável. Implica menos prestígio e projeção ministerial, reconhecimento e até perdas financeiras. A igreja não vai entender sua opção e provavelmente vai rotulá-lo. O que nos consola é lembrar uma frase que li em algum lugar: “Nenhum sucesso ministerial compensa um fracasso no lar”.

O verdadeiro “sucesso” é ter filhos crentes, ajustados, longe das drogas, é saber que meus filhos vão se casar com pessoas que conheço, porque me relacionei e aprovo. De que adianta construir ser um pastor bem-sucedido e depois chorar na frente de um monte de colegas que me viam como referência, porque não conheço sequer o meu próprio filho?

Muitas vezes lutamos com nossa família, quando na verdade, deveríamos lutar por ela e não permitir que o mundo e o engano do ativismo nos trague. Ser um referencial de Jesus em nosso lar agrada muito mais ao Senhor do que grandes coisas que possamos fazer no Nome Dele."


Pr. Omar Mendes (Diretor do Centro de Formação e Capacitação de Obreiros – CFCO/MCM)

Revista MCM Povos – Ano 2 / 17ª Edição / Junho de 2010 / Págs 68 e 69



segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Chamados para a Guerra!



“Em tudo somos atribulados, porém não angustiados; perplexos, porém não desanimados; perseguidos, porém não desamparados; abatidos, porém não destruídos” (II Co. 4:8-9)


Sim, esse é o chamado para cada cristão genuíno: a guerra. Essa não é uma declaração muito comum nos púlpitos e não costuma-se falar muito sobre esta promessa de Cristo para cada um daqueles que querem seguí-lo, mas essa é uma verdade bíblica. E uma verdade da qual precisamos nos lembrar com muita freqüência.

Existem alguns aspectos sobre os quais eu gostaria de falar dentro deste chamado para as nossas vidas seguindo a Cristo.

Em primeiro lugar, sobre o perigo de esquecermos a nossa realidade enquanto peregrinos neste mundo: de que estamos em guerra. Cada verdadeiro Cristão que ainda vive neste século presente vive, cotidianamente, no meio de uma guerra. Foi pra isso que fomos chamados. E é essa a nossa vida. No entanto, a maioria de nós (eu, inclusive) se esquece com muita facilidade disso. E, se você se esquece da realidade de sua vida, você passa a viver uma mentira, uma ilusão, e é dessa forma que tão facilmente nós nos deparamos com nossas próprias vidas, e com cada luta que passamos, e não conseguimos compreender o que está errado – e nos frustramos, decepcionamos, deprimimos. Perguntamos: “Por que todos esses tiros me atingindo? Por que todas essas bombas sendo lançadas em minha direção? Por que todo este barulho infindável de explosões? Por que minhas roupas estão rasgadas, minha pele manchada de sangue, minhas pernas cansadas e meus braços doendo continuamente? Por que todas essas pessoas feridas e pedindo socorro ao meu redor? Por quê, Senhor?”

São perguntas tão comuns em nossa caminhada cristã, não são? O problema é que achamos que estamos num passeio na praça com nossos amigos, enquanto a verdade é que estamos em meio à guerra. Esquecemos de que todas essas coisas não são raras, mas são totalmente naturais de acontecerem. Estamos lutando! Vamos nos cansar, vamos sentir dores, vamos ter medo, vamos nos ferir e sangrar e querer desistir. Tudo isso vai, garantidamente, acontecer! Mas Jesus nos prometeu que esse não seria o fim. E nós precisamos nos lembrar, quanto pudermos, dessas duas coisas: estamos em guerra – mas nosso General está conosco, e Ele vai cuidar de nós!

Em segundo lugar, queria falar sobre a imagem que temos da guerra. Comumente, quando falamos de guerras, são tantas lembranças tristes, comentários sobre mortes e sofrimentos e lágrimas sem fim. Mas eu gostaria que pensássemos além dessas coisas.

Certa vez eu falei pra uma amiga querida que gostava de filmes de guerra. Ela ficou chocada! “Aline, eu nunca iria imaginar que você gostava de filmes de guerra! Você é toda delicadinha e romântica!”. Rsrs. E eu confesso: também gosto de filmes policiais! [Hahaha].. Mas essa é outra questão. A verdade é que eu realmente gosto demais de filmes de guerra, e que tenho aprendido muito com eles sobre minha vida cristã e meu chamado pra luta – algumas coisas que os romances e suas utopias nos fazem esquecer. E existem algumas coisas que podemos perceber nesses filmes e que são verdadeiras lições de vida pra nós.

Uma das coisas que me chama muito a atenção nesses filmes é a profundidade da entrega que cada soldado faz de sua vida por um determinado propósito. Isso é incrível! Esses dias, pedi na internet o DVD do filme “Coração Valente” e a coleção dos filmes do “Senhor dos Anéis” (xD). São filmes que me encantam, além de outros similares. Porque olho pras vidas daqueles caras, totalmente cientes dos perigos que eles passarão indo para o meio da batalha, e vejo tanta convicção por um ideal, tanta paixão por um ideal que perder a sua vida por este ideal deixa de ser uma tragédia, e passa a ser uma honra. Não deixa de existir medo ou apreensão, não passa a existir prazer natural no sofrimento. Mas a consciência de que aquele propósito precisa dele, de que existe um plano maior do qual ele pode participar e pelo qual ele pode estar lutando, gera a coragem necessária para empunhar a espada e ir pra luta. Isso é lindo demais! Isso me encanta, me comove e me faz ver exatamente o que eu devo viver enquanto cristã. Ao ver essas coisas, peço a Deus que gere em meu coração uma compreensão tal da minha missão aqui na terra, da importância dessa guerra que está acontecendo, a tal ponto que haja paixão em mim por fazer parte dela e por entregar minha vida por ela se assim for preciso. Não vejo tristeza nisso – vejo heroísmo, vejo uma profunda noção de identidade e de destino, uma profunda noção de vida, e de que ela não termina quando morremos, não termina aqui neste mundo. Assim, sofrer no meio da batalha nos faz regozijar, ainda mais na batalha para a qual somos chamados: a Batalha de Cristo. Saber que fomos escolhidos, individualmente, para fazer parte deste exército não é uma idéia que deve nos abater ou entristecer pela possibilidade de sermos baleados ou mortos lá – é uma idéia que deve nos fazer exultar plenamente, porque como podemos ser dignos deste tão alto chamado?

Outra coisa que acho maravilhoso nestes filmes e histórias são as relações estabelecidas entre os soldados que estão lutando juntos. Ah, isso é incrivelmente lindo! É muito comum nesses filmes existir um grupo de soldados ou guerreiros que fazem tudo juntos. São 5, 6, 7 pessoas que estão lutando lado a lado. Normalmente, o filme mostra como eles chegaram ao campo de batalha totalmente estranhos uns aos outros, se conheceram, foram para a luta juntos, viram uns aos outros sendo feridos e torturados no campo, e então, se tornaram amigos e irmãos. O resultado que todo aquele ambiente de dor e sofrimento gerou no meio deles: a união e a comunhão de vidas! Como isso é incrível! Aqueles homens passam, então, a ter tal comunhão de vida que deixam de viver apenas por si mesmos, mas passam a viver para ajudar o outro também. Eles podem estar cansados, cheios de dores, machucados, sem forças, mas ao ver o seu companheiro sendo atingido, ao ver um de seus companheiros precisando de sua ajuda, lá eles estão para dar a mão, sustentar o ferido em seus ombros e levá-lo consigo até onde conseguir – ainda que isso signifique o risco de morrer junto com ele. Vale à pena dar a sua vida pelo outro. A verdade é que é nesses momentos de tribulação, ao ver o seu amigo sofrendo as mesmas dores, ou ainda maiores, do que você, que você passa a se identificar de forma profunda com ele, e entende os laços de uma verdadeira amizade e fraternidade.

E essa é a nossa realidade enquanto cristãos também. Hoje eu estava ouvindo uma pregação sobre os versículos acima mencionados, e sobre todas as tribulações que viveremos em nossa caminhada cristã aqui nessa terra, e como fiquei feliz ao pensar em meus irmãos que estão nessa batalha junto comigo. Cara, como eu fiquei feliz por isso! Como agradeci a Deus por poder lutar do lado deles, por podermos sofrer juntos e podermos nos ajudar uns aos outros, por um animar o outro quando o outro já não tem forças, porque não estamos sozinhos. Isso é tremendo! E esse é o sentimento que deveríamos ter uns pelos outros, por cada um de nossos irmãos que tem lutado o Bom Combate de Cristo aqui na terra: essa identificação tal que o sofrimento do outro seja também o nosso sofrimento, que a alegria do outro seja também a nossa alegria, porque sabemos que estamos vivendo pelo mesmo propósito, porque somos companheiros da mesma guerra – e isso é uma dádiva!

Há beleza na guerra! Não precisamos apenas ficar temerosos e abatidos pelo fato de que fomos chamados para guerrear. Nossa geração tem sido ensinada de que o objetivo é fugir da dor, do desconforto, do sofrimento de todas as formas que pudermos, independente do que tenhamos que fazer. Temos sido doutrinados a crer que qualquer tipo de sofrimento é totalmente condenável, e que viver assim é loucura e não pode ter nada bom. Mas isso não é verdade. Quanta beleza e profundidade há nos ambientes de guerra. Quantas coisas que nos faz mais humanos, menos egoístas, menos mesquinhos e orgulhosos. Porque passamos a olhar para além de nós mesmos, nossas necessidades, nossas preferências, nosso bem-estar, e passamos a olhar para um grande ideal, para grandes pessoas de valor que estão lutando do nosso lado, e para o quanto podemos ser instrumentos para algo eterno nesse mundo. Para quem vive numa sociedade cujos indivíduos fogem de responsabilidades e de grandes lutas, talvez seja difícil ver honra na guerra. Mas, que o Espírito Santo possa restaurar nos corações de nossa geração o verdadeiro entendimento da Guerra que nos está proposta – de quanto vale a pena fazer parte dela.

E, além de todas essas coisas, existe uma verdade ainda mais animadora e fortalecedora para cada soldado: nós temos um General, e Ele está à nossa frente nessa luta. Ele já nos garantiu a vitória, e prometeu estar conosco todos os dias, ainda que não O vejamos, ainda que nossos corações ou olhos não contemplem como gostaríamos a Sua Presença. Mas Ele está lá e não esqueceu, nem esquecerá nunca de nós. Ele estará nos esperando quando a batalha terminar e nós tivermos vencido. Ele terá um novo lar e um grande galardão preparado para nós em nosso retorno da guerra, e é com Ele que todos nós viveremos juntos, eternamente recuperados de todo o ferimento, de toda a dor e angústia que passamos na luta.

E, enquanto estamos aqui, muitas vezes cansados da luta, com tantos machucados e tão poucas forças que achamos que não podemos ir mais além, devemos nos lembrar que podemos chamá-Lo sempre que precisarmos, e Ele trocará nossas vestes, retirará nosso fardo, restaurará nosso corpo e nos dará o descanso que precisamos. Ele renovará nossas forças para que continuemos a batalha. E iremos até o fim, porque nosso General é a nossa força.

“Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve” (Mateus 11:28-10)

Sim, nós “Em tudo somos atribulados, porém não angustiados; perplexos, porém não desanimados; perseguidos, porém não desamparados; abatidos, porém não destruídos” (II Co. 4:8-9). E, sem dúvida, é uma honra ser chamado e fazer parte desta Guerra!


“Por isso, não desanimamos; pelo contrário, mesmo que o nosso homem exterior se corrompa, contudo, o nosso homem interior se renova de dia em dia. Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação, não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as coisas que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas” (II Coríntios 4:16-18)


Que nosso Deus Pai, em nosso Senhor Jesus Cristo e no Espírito Santo que habita em nós e nos capacita para a luta, seja louvado e glorificado para todo sempre, e através de cada um de nós! A Ele seja toda a honra para sempre!

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Teologia da Paz e do Amor?

Como tenho percebido continuamente a facilidade com que somos enganados pelas vozes e doutrinas deste mundo. E como Satanás é sutil em suas armadilhas para ganhar nossas mentes e nos convencer de suas mentiras.

Ontem, eu estava passando por perto de uma televisão, ligada na “Rede Globo”, e ouvi rapidamente um comercial que falava sobre “O quanto as religiões dificultam a liberdade de expressão e limitam a igualdade de direitos entre todas as pessoas”! Cara, como aquilo me revoltou! A primeira coisa que pude falar foi de como essa tal de “Rede Globo” é instrumento do Diabo nesse mundo! É verdade que a televisão como um todo é instrumento de Satanás, mas depois de ver toda a família reunida na frente da televisão para assistir um monte de mentiras descaradas na novela “Escrito nas Estrelas” sobre o espiritismo, depois de ver a galera defendendo cenas homossexuais explícitas na outra novela, e depois de ver como tudo isso tem doutrinado a maior parte da sociedade moderna, me torna óbvio como que a Globo é do Diabo mesmo!

E, então, depois desse comercial falando das religiões, fiquei pensando, hoje, sobre o quanto essa idéia de que “o objetivo das religiões é semear a paz, o amor, a igualdade entre as pessoas, evitar os conflitos e fazer todo mundo feliz” tem se tornado a idéia de grande parte (pra não dizer a maioria) dos cristãos atuais.

Outro dia, ao abrir minha caixa de e-mails, fui ler um e-mail de um jovem filósofo, católico, muito amigo e muito admirado por minha família e pelo grupo de casais católicos que meus pais participam (Movimento Familiar “Cristão” - MFC), propondo um tema para discussão entre os jovens que iriam participar do Encontro Nacional do MFC neste mês. O tema era “O Jovem e a Religião”. A abordagem do e-mail era exatamente que devemos nutrir maior abertura para com todas as religiões existentes, que devemos aprender a respeitar as diferenças e somar os “pontos positivos” de cada religião à nossa forma de pensar sobre Deus, pois todas as religiões têm as suas verdades e não podemos ser fechados a elas. E ele falava sobre o espiritismo, as religiões afro-descendentes, budismo, islamismo e outras, colocando-as no mesmo patamar do Cristianismo, defendendo a idéia de que “Não existe uma só verdade”. E aquele e-mail foi mandado para vários jovens, e aquele tema seria discutido entre eles. Pena que não pude estar lá.

Mas o fato é que, infelizmente, essa é a idéia massificada a respeito de “religião” em nossos dias. Nós vivemos num mundo tido como “Politicamente Correto”, cujo lema é: “Todos somos iguais, todos temos os mesmos direitos e não existem verdades absolutas, portanto ninguém pode contrariar as verdades de ninguém”. É assim que Satanás tem ensinado este mundo a receber e apoiar o homossexualismo, a liberação sexual, o divórcio, o aborto e tantas outras coisas. E o fato lastimável é que nós temos, ainda que sem querer, permitido que essa política de relativismo moral entre em nossas mentes, em algum ponto, e passe a determinar no mínimo parte de nossas doutrinas ou valores.

Parece tão correto dizer que o objetivo das religiões, que nosso objetivo enquanto cristãos deve ser promover “a Paz e o Amor” entre todas as pessoas, e fazer o que estiver em nosso alcance para que todas as divisões, todos os conflitos, todas as diferenças sejam extintas, para que todos estejam bem e satisfeitos e, assim, todos vivam felizes. Não parece um sermão de um púlpito “cristão”? É tão bonito falar e defender todas essas coisas, são pensamentos coerentes e parecem tão sábios.

Mas será que esse foi o objetivo de Cristo ao vir a este mundo? Será que foi isso que Ele nos chamou a fazer neste mundo? Será que era isso que Deus tinha em mente ao enviar a Cristo e ao salvar-nos do pecado, ainda que mantendo-nos neste mundo por algum tempo? Será que essa é a proposta que a Bíblia nos ensina?

E, então, me vieram à mente algumas das muitas palavras do próprio Jesus ao falar sobre sua missão, seu propósito e o chamado dele para nós, Cristãos:

“Não penseis que vim trazer paz à terra; não vim trazer paz, mas espada. Pois vim causar divisão entre o homem e seu pai; entre a filha e sua mãe e entre a nora e sua sogra.” (Mateus 10: 34)

“Eis que vos envio como ovelhas para o meio de lobos” (Mateus 10:16)

“Sereis odiados de todos por causa do meu nome; aquele, porém, que perseverar até ao fim, esse será salvo” (Mateus 10:22)

Ow!!! Alguma coisa está parecendo fora do lugar aí? JESUS proferindo palavras assim? Dizendo que não veio trazer paz ao mundo, mas sim espada? Dizendo que veio causar divisão dentro da própria família, entre pais e filhos? Dizendo que seríamos odiados por todos? Mas essas foram não somente as palavras, mas também o próprio testemunho de Jesus, de Seus discípulos e apóstolos, dos Profetas que vieram antes dele e de cada um daqueles que obedeceu ao Seu chamado, segundo a Bíblia nos relata.

Basta lermos um pouco que seja as nossas Bíblias e veremos que ela não é um livro sobre “Contos de Fadas” e “lindas histórias românticas”. Deus nunca trabalhou com o objetivo de fazer todo mundo viver em paz e harmonia, e Ele nunca prometeu isso àqueles que Ele chamou – não neste mundo presente. Não há dúvidas de que recebemos promessas de paz, de descanso, de alegria plena, de ausência de dores e lágrimas em Cristo, mas não neste mundo, não nesta vida, senão na vida eterna com Cristo, no estabelecimento do Seu Reino.

Mas, por que estou falando sobre isso? Porque é incrível o poder que esta mentalidade de “Paz e Amor é o que importa-nos fazer” tem para nos acovardar, para nos calar e amedrontar quando devemos defender as verdades bíblicas que Jesus veio nos ensinar! É incrível que, quando qualquer pessoa ao nosso redor nos diz que estamos “perturbando a ordem das coisas”, que não estamos sendo “pacificadores ou amorosos” pelo fato de estarmos confrontando o erro ou o pecado existente neste mundo, como isso nos afeta! Nossas mentes logo são direcionadas para essa mentira que nos foi ensinada como verdade, e tendemos a realmente questionar se o que estamos fazendo é o correto, se realmente não deveríamos nos calar para não contrariar a ninguém, não chatear a ninguém e não “fazer alguém menos feliz”. Quanta mentira tem sido semeada em nossas mentes!

A verdade é que Jesus foi quem nos avisou, quem nos PROMETEU, quem nos garantiu que não viveríamos em paz aqui – porque somos enviados como ovelhas para o meio de lobos; porque não somos deste mundo, assim como Ele não é; porque assim como o mundo O perseguiu, assim também perseguirá a nós que O seguimos; porque assim como o mundo não recebeu as Suas palavras, não receberá as nossas; porque o Evangelho é loucura para este mundo e aqueles que se perdem; porque os homens odeiam a Deus e não querem saber dEle e de Sua verdade. Não é assim que é este mundo? Por isso Jesus nos exortou a nos guardar deste mundo mau. A não nos amoldar a ele. A defender a verdade da Palavra, ainda que este mundo não a queira ouvir. E não há dúvidas de que não é possível fazer isso tudo e viver em contínuo conforto, paz, harmonia, alegria neste mundo, e COM este mundo. Não dá pra ser amigo deste mundo e amigo de Deus ao mesmo tempo. Não dá pra servir aos dois senhores, pois iremos agradar a um e desagradar ao outro.

Portanto, precisamos combater essa idéia mentirosa e enganadora de que nosso objetivo maior é manter a paz e a ordem neste mundo, nunca desagradar a ninguém, nunca confrontar, nunca mostrar o pecado, nunca tocar nas feridas e fazê-las doer, nunca contrariar, mas sempre aceitar qualquer coisa que seja. Não é assim! Não foi pra isso que fomos chamados. Nosso chamado foi para proclamar a verdade, ainda que pra isso seja necessário haver divisão entre pai e filho, entre mãe e filha, entre nora e sogra, pois “Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim não é digno de mim; quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim não é digno de mim; e quem não toma a sua cruz e vem após mim não é digno de mim” (Mateus 10:37-38).

É claro que isso não quer dizer que, no outro extremo, devemos viver em constante guerra e nunca nos preocupar com os outros, nunca procurar manter a paz onde estivermos. A Bíblia também nos fala que, quanto depender de nós, devemos manter a paz com todos os homens. Devemos ser testemunhas a eles, tanto sobre a justiça quanto sobre o amor do Pai. A verdade é que devemos vigiar e tomar cuidado com os extremos – eles nunca são o caminho correto. Nosso andar, nosso agir, não deve ser nem guiado pela mentalidade “Paz é o que importa”, nem pela mentalidade “Não quero saber de Paz em momento nenhum!”. Não foi nenhum desses o exemplo que Jesus nos deixou.

Fiquemos com as palavras de Cristo: “Eis que vos envio como ovelhas para o meio de lobos; sede, portanto, prudentes como as serpentes e símplices como as pombas” (Mateus 10:16). Esse deve ser o nosso padrão.

Que a Graça de Deus nos dê a sabedoria que precisamos pra aprender a viver assim.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

"Não há outra questão, quando se é Cristão não se para de lutar..."

Pessoal, quero compartilhar com vocês essa música linda demais que conheci há pouquíssimo tempo mas que tem sido profundamente usada por Deus pra me fortalecer pra continuar a Batalha. Espero que edifique suas vidas também! Em breve espero estar escrevendo mais por aqui! A graça e a paz de Deus estejam sempre conosco!




Viver pra mim é Cristo (Typ Vox)


Senhor preciso Te dizer que é impossível esquecer
Que não estou só nessa batalha entre o bem e o mal
A cada nova experiência eu Te glorifico mais
Te ter é a maior diferença em mim


Se os bons combates eu não combater
Minha coroa não conquistarei
Se minha carreira eu não completar
De que vale minha fé tanto guardar?

Se perseguido aqui eu não for,
Sinceramente um Cristão não sou
A Tua glória quero conhecer
Viver a experiência de sobreviver...


Viver pra mim é Cristo, morrer pra mim é ganho
Não há outra questão, quando se é Cristão
Não se para de lutar!
Triunfarei sobre o mal, conquistarei troféus
Não há outra questão, quando se é Cristão
Não se para de lutar
Até chegar ao céu...


Se os bons combates eu não combater
Minha coroa não conquistarei
Se minha carreira eu não completar
De que vale minha fé tanto guardar?

Se perseguido aqui eu não for,
Sinceramente um Cristão não sou
A Tua glória quero conhecer,
Viver a experiência de sobreviver


Se calarem o som da minha voz, em silêncio estarei a orar
Se numa prisão me colocar, eu vou Te adorar
Se minha família me trair, eu vou sonhar com Deus
 Viver Seus planos, isso é parte de uma carreira de Cristãos!

Viver pra mim é Cristo, morrer pra mim é ganho
Não há outra questão, quando se é Cristão
Não se para de lutar
Triunfarei sobre o mal, conquistarei troféus
Não há outra questão, quando se é Cristão
Não se para de lutar
Até chegar ao céu...

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"Se te fatigas correndo com homens que vão a pé, como poderás competir com os que vão a cavalo? Se em terra de paz não te sentes seguro, que farás na floresta do Jordão?" (Jeremias 12:5)