segunda-feira, 3 de maio de 2010

Sobre Águias I: Uma história sobre nós...



Já comentei algumas vezes aqui no blog sobre o quanto me identifico com as águias. Eu AMO águias! É incrível como fico encantada com suas características, seu porte, suas histórias. Pra mim, as águias são uma metáfora sobre nossa condição enquanto Cristãos. Não tenho total, mas uma quase certeza de que essa identificação com esses pássaros tão imponentes começou com uma música do Padre Zezinho chamada Águia Pequena. Já a escrevi aqui no blog, mas em posts futuros voltarei a escrever. Parece que ela foi escrita pra mim. Fala tanto a meu respeito, meus sonhos, onde estão meus olhos e o que espero pra minha vida. Fala sobre o chamado de Deus pra minha vida. E acho que foi em função dela, e depois de outras e outras músicas e textos sobre águias e outros pássaros, que criei um interesse tão grande por esses animais.

E um dos textos, ao lado de Águia Pequena, que me fez apaixonar ainda mais pela história das águias foi o livro "A águia e a galinha - Uma metáfora da condição humana", de Leonardo Boff. O livro tem algumas questões bem questionáveis, pois faz uma mistura bem perigosa de religiões, mas conta uma história linda sobre uma águia que foi criada como galinha, e o quanto isso representa a condição humana (diria eu: especialmente a condição Cristã!). E, ao escrever o último post, estive procurando uma imagem pra postar e encontrei essa linda imagem de uma águia voando nos ares. Que imagem linda! Não é difícil encontrar imagens lindas de águias, mas essa ministrou ao meu coração de maneira muito particular. Deve ser o ar de liberdade que ela transmite. Por isso vou colocá-la de novo aqui. Ela já foi até pro meu perfil do orkut! =P Amei mesmo essa foto! Assim, a foto, mais a música do Jorge Vercilo falando sobre pássaros e sobre liberdade, me levou de volta à história da Águia e da Galinha, e é sobre essa história que gostaria de falar nos próximos posts.

Quero falar sobre as águias, e convidá-los a refletir sobre cada característica dessas aves e o quanto isso tem a ver conosco. Tem cada informação incrível. Por isso compartilho-as com vocês. Que cada informação seja fonte do agir de Deus em suas vidas, como foram e tem sido na minha, ensinando-nos a despertar a Águia que está em nós. Vou dividir o texto em alguns posts, pra não ficar grande demais. E hoje vou escrever uma parte introdutória, com algumas peculiaridades a respeito das águias. Aí vai.

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"As águias fazem ninhos no alto das montanhas, em fendas bem abrigadas. Ou nos topos mais elevados de árvores da floresta, lá onde ninguém pode chegar. Esses ninhos são usados muitas e muitas vezes. Ano após ano, a águia volta para botar aí dois ou três ovos. E os ninhos são sempre acrescidos com novos galhos e folhas verdes. Não raro, têm dimensões consideráveis: um metro de altura, três de comprimento e dois de largura. A base é feita de galhos grossos, forrada de folhas macias, às vezes com folhas de eucaliptos para perfurmar a casa e afugentar insetos. As águias são cuidadosas na construção de seu hábitat.

1. Como vivem as águias

A águia-fêmea choca somente dois ovos. A águia-macho é coadjuvante nesta tarefa familiar de incubação, que dura de 43 a 45 dias. [...] Quando filhote, a águia se alimenta do que lhe é trazido já semidigerido no papo dos pais. Aos poucos vão trazendo presas maiores, picadas em pedaços. Por fim, entregam-lhe um coelho inteiro para que sozinha o despedace e coma.

Com a idade de 75-80 dias, a águia-filhote já está adulta, do tamanho dos pais. Está madura para voar com independência. Já tem olhos de lince, o bico encurvado, a língua dura e forte como pedra. Já lhe cresceram todas as penas, especialmente as das pernas. [...] Agora está pronta para ganhar o azul do céu, sobrevoar as montanhas mais altas, enfrentar ventos e tempestades.

Uns dias antes de voar, pode-se ver a águia-filhote acercando-se das bordas do ninho. Espia para o abismo, pois lá embaixo, no chão, estão os animais que vai caçar. Ou para o profundo dos céus, para a infinita liberdade, onde seus pais estão circulando, ao sabor dos ventos. Se os olhos estão fixados no chão, é nas alturas que tem o coração."

(Leonardo Boff - retirado do livro "A águia e a galinha - uma metáfora da condição humana", páginas 47-50)

*Ênfases minhas.

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