segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Culto, o que é isso?


Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

Pastoral do boletim da Igreja Batista Central de Macapá, 23.1.11

Domingo passado, o assunto foi “Igreja, o que é isso?”. Hoje, é “Culto, o que é isso?”. No outro domingo, “Seguir a Jesus, o que é isso?”.


Culto é mais que cantar, orar e ouvir a Palavra. Além dos atos, é a expressão da razão de ser da igreja. Amo evangelismo e missões, mas creio que a missão da igreja é a adoração. Ela existe em função de Deus (adoração) e não em função dos homens (proclamação). No céu não haverá perdidos a evangelizar, mas haverá igreja. Porque haverá Deus. Ele nos escolheu antes da criação, para vivermos com ele: “Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis diante dele em amor” (Ef 1.4). Ao cultuar, a igreja mostra porque existe. Para adorar a Deus, para viver com ele, para ouvi-lo. Por isso, o louvor, a oração e a Palavra.

Antes do “Ide” (Mc 16.15) houve um “vinde” (Mc 6.7). A igreja é chamada para estar com Jesus e só deve ir ao mundo depois de viver com ele. Comovida por ele, ela evangeliza e faz missões. Quem ama a Jesus compartilha Jesus. “O amor de Cristo nos constrange” (2Co 5.14).

O culto não é para nós. É para Deus. As pessoas avaliam o culto pelo que sentiram. É o culto antropocêntrico. O culto deve ser avaliado de outra maneira: terá agradado a Deus? O cultuador fez, pensou e disse o que Deus queria? Agradar a Deus é o alvo do culto. Este deve ser teocêntrico.

Alguns pensam que quanto mais barulhento, mais espiritual o culto é. Pessoalmente, acho alto volume apenas mau gosto. Prefiro ser desafiado, pensar se estou agradando a Deus, se há algo por mudar em minha vida. Há quem goste de agito, sem reflexão. A questão é que não somos referenciais. Nem temos como saber o que Deus achou do culto. Mas devemos lembrar que a dimensão humana do culto é o quanto ele nos transforma. Muitos cultos não enfatizam a santidade de Deus e suas exigências, mas sim o que os crentes vão receber. O foco é o homem, e não Deus. Será que é este o culto que Deus deseja, à luz do ensino bíblico?

Se a dimensão humana do culto é nossa transformação, podemos firmar alguns princípios que nos ajudam a ver o quanto o culto serviu à vontade de Deus para a igreja e para o mundo. Houve mudança de vida ou apenas emoções? A cruz foi proclamada? Cristo foi anunciado? Houve abandono de pecado? Houve consagração de vidas? Houve conversões? As pessoas estão amadurecendo? Se isto não acontece, há apenas alarido.

Culto é mais que ajuntamento e mais que forró. É ouvir Deus, falar com Deus e ser transformado. Não é entretenimento. É algo sério: entrar em adoração ao Deus Santo! Quão sério é o culto!

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Com honestidade...



Ana Jácomo

De vez em quando, a água, por natureza cristalina, de lindas praias existentes na região dos afetos fica turva por detritos emocionais acumulados, nossos e alheios. Às vezes, é possível percebê-los e até identificá-los na superfície. Outras, não. Só o que dá pra perceber é a transparência prejudicada. O desconforto que nem mesmo a massagem das ondas consegue desmanchar. A espontaneidade que desaprendeu a fluir. Um aperto meio doído na garganta dos instantes compartilhados.

Os tais detritos, entre outras coisas, podem ser resíduos de achismos traiçoeiros, olhares estreitados, tristezas arqueológicas, cacos de carências, bobagens fermentadas, perdões mal costurados, medos cabíveis e outros que não cabem. Podem ser também resíduos de coisas inimagináveis, criadas durante trechos de silêncio ruidoso pela falta daquele raro diálogo que não se restringe ao andar da cabeça. Aquele que tem espaço para começar no coração. Aquele que é lugar onde ninguém precisa se defender de ninguém para oferecer proteção a si mesmo. Aquele que quando não acontece às vezes se transforma em dois monólogos esquisitíssimos, feitos de equívocos e sentimentos embolados pelas mãos da confusão.

A verdade é que, embora quiséssemos, não encontramos uns com os outros ao longo da extensa orla da existência só para compartilhar banhos aprazíveis em mar de águas claras, clima ameno, riso farto, coco gelado ou uma cerveja boa. A ideia é ótima, e deve ser desfrutada tanto quanto seja possível, mas não é só essa. Os encontros, sobretudo aqueles que acontecem com potencial pra trazer à tona os seres amorosos que, por essência, já somos, evidenciam nossas belezas sem reservas, mas podem também turvar as águas de quando em quando. Uma hora costuma acontecer, coisas nossas, coisas alheias. Geralmente, chamamos isso de problema, mas um nome também adequado é oportunidade.

Quando acontece, a gente às vezes fica tão assustado que tenta se convencer por a mais b que os detritos são só do outro e as belezas são só nossas. Outras vezes, pode se afastar correndo da beira da praia e deixar o outro se virar sozinho com os resíduos todos, os dele e os nossos. Outras também, inábeis, estabanados, como costumam ser as pessoas que estão começando a aprender a amar, podemos só conseguir revolver os detritos e espalhá-los ainda mais, no afã de resgatar de qualquer jeito a transparência comprometida.

Talvez nesses momentos o gesto mais promissor e generoso possível seja, com toda a calma que soubermos, começar a sair do monólogo esquisito para dialogar a partir do coração. Talvez seja arriscar descobrirmos juntos o que está turvando a água antes que ela se torne mais poluída. E, se o sentimento compartilhado realmente for bacana e precioso para as duas vidas, quem sabe pedir uma para a outra com honestidade: “não desiste de mim.”

 

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Armadilhas...



Ana Jácomo

Vamos combinar que muitas vezes não há mistério algum, vilão algum, nenhuma influência sobrenatural, questão de sorte. A gente sabe que se tocar naquele fio desencapado é choque garantido, como da última vez, mas a gente toca. A gente sabe que certos adubos são infalíveis para fazer a nossa dor crescer, mas a gente aduba. A gente sabe os tons emocionais que desarmonizam a pintura da tela de cada dia, mas a gente escolhe exatamente esses para pintar, mesmo dispondo de outros tantos na nossa caixa de lápis de cor. A gente sabe a medida do tempero e a desmedida, como sabe o sabor resultante de cada uma. Por histórico, a gente sabe a resposta muito antes de refazer a pergunta, mas a gente refaz.

Vamos combinar que muitas vezes não há nada de tão imprevisível, de tão inimaginável, muito menos entrelinhas, muito menos mau-olhado. A gente sabe, por memória das andanças, para onde a estrada de certos gestos nos leva, mas a gente segue. A gente sabe no que dá mexer em casa de marimbondo, mas a gente mexe. A gente sabe que não vai receber o que espera, mas a gente oferta sempre pela penúltima vez. A gente sabe que algumas praias são traiçoeiras, que não sabemos sequer nadar direito, que o afogamento é a coisa mais provável de todas, mas a gente mergulha. A gente sabe que a realidade, por mais dura que seja, precisa ser encarada com os olhos mais abertos do mundo, mas a gente inventa todo jeito que pode para desviar o olhar.

Vamos combinar que muitas vezes não há segredo algum, inimigo algum, interrogação alguma, nenhuma entidade obsessora além da nossa autosabotagem. A gente sabe que esticar a corda costuma encolher o coração, mas a gente estica. A gente sabe que nos trechos de inverno é necessário se agasalhar, mas a gente se expõe à friagem. A gente sabe que não pode mudar ninguém, que só podemos promover mudanças na nossa própria vida, mas a gente age como se esquecesse completamente dessa percepção tão sincera. A gente lembra os lugares de dor mais aguda onde já esteve e como foi difícil sair deles, mas, diante de circunstâncias de cheiro familiar, a gente teima em não aceitar o óbvio, em não se render ao fluxo, em não respeitar o próprio cansaço.

Eu pensava em todas essas armadilhas enquanto caminhava na Lagoa, um dia de céu de cara amarrada, um tiquinho de sol muito lá longe, tudo bem parecido comigo naquela manhã. Eu me perguntei por que quando mais precisamos de nós mesmos, geralmente mais nos faltamos. Que estranha escolha é essa que faz a gente alimentar os abismos quando mais precisa valorizar as próprias asas. Como conseguimos gostar tanto dos outros e tão pouco de nós. Eu me perguntei quando, depois de tanto tempo na escola, eu realmente conseguirei aprender, na prática, que o amor começa em casa. Por que, tantas vezes, quando estou mais perto de mim, mais eu me afasto. Eu me perguntei se viver precisa, de fato, ser tão trabalhoso assim ou se é a gente que complica, e muito. Como conseguimos ser tão vulneráveis, ao mesmo tempo que tão fortes. Somos humanos, é claro, mas ser humano é ser divino também.

Eu não tenho muitas respostas e as que tenho são impermanentes, como os invernos, os dias de céu de cara amarrada, os lugares de dor, os abismos todos, o bom uso das asas, os fios desencapados, as medidas e as desmedidas. Tudo passa, o que queremos e o que não queremos que passe, a tristeza e o alívio coabitam no espaço desta certeza. Eu não tenho muitas respostas. O que eu tenho é fé. A lembrança de que as perguntas mudam. Um modo de acreditar que os tiquinhos de sol possam sorrir o suficiente para desarmar a sisudez nublada de alguns céus. E uma vontade bonita, toda minha, de crescer.


[Super indicação para refletir a vida... Cheiro de flor quando ri, blog da Ana Jácomo]

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Missões não é desejável, é vital!


E isso não diz respeito apenas às igrejas, mas a cada um de nós, cristãos. Em nossas vidas individuais, missões não é algo desejável, é algo necessário! Necessário porque precisamos olhar para além de nós mesmos, porque temos uma essência egoísta e egocêntrica, porque nossos corações têm desígnios maus e enganosos e, assim, sempre procuram nos colocar no centro do universo. Com que facilidade nos tornamos nossos próprios deuses! E, assim, nos afastamos da essência da vida cristã: servir e não ser servidos!

Nós precisamos de missões. Ler sobre missões, ouvir sobre missões, dedicar nossas mentes e corações a meditar sobre isso. Porque precisamos, dia a dia, entender que há algo MUITO maior do que nós e nossas necessidades pessoais – há um mundo que necessita de Deus, e um Deus que chama por nós.

Não digo isso como quem não precisa ouvir essas palavras, mas como alguém que acaba de ser convencida sobre sua própria necessidade em sair do centro.

Agora há pouco, peguei o último exemplar da revista MCM POVOS, da qual tenho assinatura. Ele já chegou há um tempão, mas ainda estava no saco, lacrado e encostado na estante do meu quarto. Mas hoje resolvi abrir e lê-lo. Li apenas uns 3 textos e que impacto isso já teve em minha vida!

Fui constrangida a ver meu próprio egoísmo, a facilidade com que coloco minhas necessidades, minha felicidade, minha satisfação pessoal como centro da vida, antes mesmo até do que o próprio Evangelho. Não, isso não acontece de uma forma óbvia, mas muito sutil, afinal temos um Deus bom e que se importa com nossas vidas. Porém, é tão fácil ultrapassar a fronteira entre uma “felicidade” com a qual Deus se importa e uma paz que é o resultado de uma vida com Ele, e uma felicidade que se torna nosso foco e objetivo primeiro – NOSSO bem-estar.

E é por isso que digo que missões não é algo apenas desejável em nossas vidas cristãs individuais, mas algo vital. Porque é quando tiramos nossos olhos, por um pequeno momento que seja, de nós mesmos, de nosso pequeno mundinho e nossos problemas tão ínfimos, mas que nos parecem tão gigantescos quando nossos olhos estão em nós. Desviamos nossos olhos para um MUNDO INTEIRO – um Mundo que precisa de Deus!

Passamos a ver que a vida não é só “romantismo” e “coisas engraçadinhas”, mas algo muito sério, e muito grande. Não estamos participando de uma brincadeira de “ser legais”, estamos fazendo parte da história que o Senhor está escrevendo nesse mundo. E, nessa história, somos chamados a ser protagonistas.

Ler sobre a Arábia Saudita, Sri Lanka, Varanasi e seus povos mulçumanos, hindus, budistas, etc, e quanto esses povos precisam de nosso Salvador Jesus Cristo, torna nossos “grandes problemas”, aquelas nossas “birras de criança”, em coisas tão pequenas. Nos lembra de que essa vida passará, e com ela todas as suas propostas e bens – ficará o que foi semeado para a eternidade. Nos lembra da Grandeza de Deus, e de nossa pequenez. A grandeza do Evangelho, da Salvação que Jesus veio trazer a este mundo, e de quão bobas são nossas lutas contra Deus em busca de “satisfação”. Nos lembra de que é o Evangelho que deve conduzir as nossas vidas, e não nossas vidas usarem o Evangelho a seu próprio serviço.

Somos servos e não senhores. E é por isso que precisamos de missões em nossas vidas. Ler sobre as necessidades tão grandes dos povos ao redor deste mundo, e sobre os grandiosos feitos de Deus no meio destes povos, me faz ver a Igreja Primitiva ainda real, viva e ativa! Me faz ver que Deus realmente é o mesmo ontem, hoje e eternamente – e que Ele ainda está agindo hoje, como sempre o fez. Me faz ver como minhas pequenas lutas são mínimas diante de tudo isso. Me faz ver a Bondade, a Misericórdia, a Justiça, a Santidade e a Soberania de um Deus Vivo e cujas mãos conduzem a história da humanidade.

Que seus olhos possam ser alcançados por todas estas visões também.

 
“Que preciosos para mim, ó Deus, são os teus pensamentos! E como é grande a soma deles! Se os contasse, excedem os grãos de areia; contaria, contaria, sem jamais chegar ao fim.” (Salmo 139:17-18)

Desigrejados e o crescimento dos blogs cristãos...

Gostaria de indicar uma pesquisa muito boa realizada pelo Genizah a respeito do crescimento de pessoas que dentre o grupo dos "desigrejados", "desviados" e "evangélicos não praticantes", discutindo sobre alguns aspectos relacionados a isso e, dentre eles, sobre a procura dessas pessoas pelos sites e blogs cristãos, em especial os apologéticos, os quais têm apresentado um crescimento também muito grande.

Queria destacar alguns parágrafos do texto do Genizah sobre os blogs cristãos apologéticos e sua missão e aplicação nas vidas dessas pessoas. Eu mesma já fui uma dentre este grupo de "desigrejados", durante mais de um ano, e estes blogs e sites cristãos foram o caminho usado por Deus para abrir meus olhos sobre os absurdos pregados por tantas igrejas ditas evangélicas em nosso país, mas também sobre a Sã Doutrina da Palavra de Deus e onde procurá-la. Hoje, pela Graça infinita de Deus, manifesta através desta obra realizada via internet, finalmente encontrei uma Igreja Cristã Genuína, centrada na Palavra e viva através dela (em meu caso, uma igreja Batista Tradicional), depois de períodos em que quase desisti dessa busca.

Que possa ajudar outras pessoas em situações semelhantes - decepcionadas com falsas igrejas, falsas doutrinas e falsos líderes... A Igreja do Senhor Jesus Cristo não está morta! Ainda há esperanças!

Que a graça e a paz do Senhor Jesus conduzam nossos caminhos.

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Trechos do texto do Genizah (link do texto completo ao final do post!):

"Os sites e blogs apologéticos apontam as feridas da Igreja, os absurdos. Contudo, também tratam da Glória de Deus. E também de teologia, evangelismo, missões, prática cristã, humor cristão e muito mais. São todos assuntos que interessam a quem está na Igreja institucionalizada e a quem não está, mas ama a Cristo. E, vendo por este lado, faz até muito sentido que os irmãos que estão feridos sintam-se atraídos por sites que tratam das “armadilhas” da Igreja moderna de forma direta e sem hipocrisia. Os sites apologéticos tratam dos bandidos e de suas armas, que um dia foram usadas para ferir estes irmãos. Rever o processo do engano e perceber que há o “lado A” neste disco horripilante é consolo e incentivo.
 
Os blogs e sites apologéticos cresceram muito nestes dois últimos anos, na proporção do aumento dos feridos nesta guerra entre a sã doutrina e a heresia. Contudo, ao contrário de reafirmar a decepção e aumentar a ferida, o que vemos, e constatamos, na pesquisa por e-mail, é que os blogs apologéticos têm ajudado na cura das pessoas. Muitos buscaram outras denominações (com doutrina mais ortodoxa fundamentada na Palavra) ou mesmo igrejas em suas denominações atuais onde a Palavra é o centro e não há lugar para o espetáculo e a profetada. Enfim, onde não se coloca na boca de Deus promessas que nunca foram feitas. Desta forma, muitos irmãos voltam à comunhão.

Os blogs apologéticos servem para expor a ferida, rir da ferida (no nosso caso em especial), indicar o que é bom. Muitos irmãos decepcionados achavam que Igreja era aquilo que viviam no G12, MIR12, na fogueira santa de Israel, nas doutrinas de apóstolos empresários, nos moveres e atos proféticos, nas sementes e unções financeiras, e outros negócios gospel.

Outros tantos entenderam que não foi a sua vida de pecado, ou sua falta de fé que os relegaram a uma vida de decepção e ausência de conquistas. Pode-se dizer, os blogs apologéticos funcionam como vacina, inoculam a praga para propiciar a benção bereana. No primeiro momento, o irmão machucado entra, sente raiva do que vê, responde com um chavão do tipo “não toque no ungido” ou "não devemos julgar", mas lê. Com o tempo entende o sentido de tudo. Abre os olhos (alguns nos esculacham bastante antes, claro. Risos).
 
[...]

Na prática, o desigrejado poderia seguir imitando a Cristo, portando sendo cristão, não fosse um pequeno detalhe, risos: Como ser cristão sem o “outro”? Sem a comunhão?  Sem o culto ao Pai, o louvor? O discipulado? Creio ser muito difícil, mas a questão é nevrálgica. Obvia para mim, mas não para todos. Deixemos o tema para outra oportunidade. O que nos interessa é tentar lançar bases para outros esforços. Penso que devemos olhar esta multidão de irmãos afastados da comunhão, a maioria esfriando na fé (feridos, machucados) e, no entanto, buscando a Cristo e algum tipo de comunhão, em sites e blogs apologéticos como uma oportunidade de:

• Reflexão sobre erros cometidos no apascentar das ovelhas, se somos líderes, pastores, bispos, etc.

Consideração acerca destas doutrinas antropocêntricas, em especial a confissão positiva, que é maligna, pois é uma fábrica de desilusões, desvia a atenção da Cruz para causas mundanas e ainda transforma questões normais da vida em sentimento de inadequação sério, ou desilusão com o Espiritual.

• Reflexão sobre a forma como orientamos o ambiente da comunidade, em especial, se incentivamos o amor entre os membros ou a competitividade.

Consideração sobre as bases e fundamentos no ensino da Palavra  aos membros, sem as quais os mesmos ficam sujeitos a ventos de doutrinam ou a fraqueza na tribulação, pois desconhecem as promessas que podem lhes confortar.

• Repensar os modelos de comunhão à luz da tecnologia de informação.

Pensar no papel crucial da Escola Bíblica Dominical. Seria este o ministério mais importante da sua comunidade, ou a EBD perde fácil em popularidade para o ministério da cantina, do louvor, social, etc.?

• Reflexão e planejamento na direção de trazer estes irmãos para a comunhão.

Reflexão sobre o caráter profético da nossa missão na internet cristã, lembrando que devemos sempre de nos manter no espirito de Jeremias 1: Olha, ponho-te neste dia sobre as nações, e sobre os reinos, para arrancares, e para derrubares, e para destruíres, e para arruinares; e também para edificares e para plantares. "


Link para o texto completo publicado pelo Genizah: http://www.genizahvirtual.com/2010/12/desigrejados-desviados-e-evangelicos.html

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

"Felicidade longe dEle eu não achei..."




"Filosofia não me deu felicidade,
Explicação não explicou o que eu te fiz.
Eu tinha tudo ao meu redor,
Saúde, paz e tanto amor
E mesmo assim não soube ser feliz...
 
Minha casa é a casa do Senhor
Minha casa é a casa do Senhor (bis).

Eu me afastei porque eu pensei ser meu direito
Usar daquilo que era meu como escolhi.
Eu tinha tudo ao meu redor
E Deus me dava o Seu amor
E mesmo assim, meu Deus eu não ouvi...

Minha casa é a casa do SenhorImaginei saber de tudo e fui descrente
Minha casa é a casa do Senhor (bis).

Contra meu Deus ouvi falar e me calei.
Não, eu não fui um bom cristão,
Pois fiz ao mundo concessão
E sem notar, de Deus me envergonhei...

Minha casa é a casa do SenhorIgual ao filho que partiu naquela história,
Minha casa é a casa do Senhor (bis).

Felicidade longe dele eu não achei
Filosofia não me deu
Aquela paz que vem de Deus,
Ao meu Senhor agora eu voltarei...

Minha casa é a casa do Senhor
Minha casa é a casa do Senhor (bis)"

(Filho Pródigo - Pe. Zezinho)

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

O Mito da Informação

Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

Pastoral do boletim da Igreja Batista Central de Macapá, 9.1.11


"Li no UOL de 29.12.10: “Ellen Jabour caminha com o cachorro na orla da Barra, no Rio”. E esta: “Cachorro passeia pela Times Square usando botinhas e casaco”, sob a foto de um cachorro inglês. Um cão lord, não um vira-lata brasileiro. E, o que confirmou minha desconfiança com a mídia e as descobertas “científicas”: a foto de um dente, tão pequeno que cabia entre o polegar e o indicador: “Descoberta pode mudar a teoria da evolução”. Muito bem conservado, o dente nos remeteria a 16.000 anos atrás. Impressionante!

Cultura inútil e superficial e afirmações bombásticas com bases precaríssimas! É o blábláblá da informação para “formação de cidadania consciente” (eu gostava dessa expressão quando, com 16 anos, pensava-me intelectual de esquerda!).

A mídia é leviana e medíocre. As pessoas curtem banalidades, que lhes dão a sensação de serem informadas. As notícias são triviais, fumaça nos olhos. São desnecessárias e inflam o nome de famosos (gente que tem visibilidade midiática) mesmo que medíocres. Notícias que não deveriam ser levadas a sério são dadas como “descobertas científicas” que sempre (curioso!) colocam em xeque o estabelecido, o cristianismo, a moralidade, etc. Vez por outra vejo balões de ensaios dizendo que se descobriu o gene da violência ou o do adultério. O caráter deixa de ser produto de decisões para ser reflexo da biologia. A culpa não é nossa. É dos genes. Enquanto esta teoria não cola, há outras: a culpa é do condicionamento social, de nossos pais, da sociedade, etc. Responsabilidade pessoal? Nunca!

A Bíblia incomoda a sociedade moderna e alguns evangélicos. Ela nos retrata bem. Mostra quem somos: pecadores assumidos, conscientes, rebeldes contra Deus. Por isso ela é combatida e negada. Em muitas igrejas é substituída pela voz do Grande Guru, que só “profetiza” coisas boas. Outros preferem seus insights, que chamam de “revelação”, ao seu ensino claro. A Bíblia diz que não somos coitadinhos, vítimas de circunstâncias, dos astros ou do número de letras de nosso nome. Fazemos escolhas. Escolhemos entre ser bons ou maus, entre viver com ou sem Deus, em sermos medíocres ou gente que acrescenta e que marca vidas. Até na igreja. Escolhemos ser opacos ou engajados.

Em 2011, aprofunde-se na Bíblia. Comprometa-se a lê-la, toda, no ano. Bastam três capítulos por dia e cinco no domingo. Leia informação boa e segura, vinda de Deus, não a banalidade humana. Leia-a para ser sábio e não um matraqueador de frases do mundo. Você será sábio mesmo! “Eu entendo mais do que todos os meus professores porque medito nos teus ensinamentos. Tenho mais sabedoria do que os velhos porque obedeço aos teus mandamentos” (Sl 119.99-100). Leia a Bíblia e não seja fraudado pela mediocridade do mundo."