sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Missões não é desejável, é vital!


E isso não diz respeito apenas às igrejas, mas a cada um de nós, cristãos. Em nossas vidas individuais, missões não é algo desejável, é algo necessário! Necessário porque precisamos olhar para além de nós mesmos, porque temos uma essência egoísta e egocêntrica, porque nossos corações têm desígnios maus e enganosos e, assim, sempre procuram nos colocar no centro do universo. Com que facilidade nos tornamos nossos próprios deuses! E, assim, nos afastamos da essência da vida cristã: servir e não ser servidos!

Nós precisamos de missões. Ler sobre missões, ouvir sobre missões, dedicar nossas mentes e corações a meditar sobre isso. Porque precisamos, dia a dia, entender que há algo MUITO maior do que nós e nossas necessidades pessoais – há um mundo que necessita de Deus, e um Deus que chama por nós.

Não digo isso como quem não precisa ouvir essas palavras, mas como alguém que acaba de ser convencida sobre sua própria necessidade em sair do centro.

Agora há pouco, peguei o último exemplar da revista MCM POVOS, da qual tenho assinatura. Ele já chegou há um tempão, mas ainda estava no saco, lacrado e encostado na estante do meu quarto. Mas hoje resolvi abrir e lê-lo. Li apenas uns 3 textos e que impacto isso já teve em minha vida!

Fui constrangida a ver meu próprio egoísmo, a facilidade com que coloco minhas necessidades, minha felicidade, minha satisfação pessoal como centro da vida, antes mesmo até do que o próprio Evangelho. Não, isso não acontece de uma forma óbvia, mas muito sutil, afinal temos um Deus bom e que se importa com nossas vidas. Porém, é tão fácil ultrapassar a fronteira entre uma “felicidade” com a qual Deus se importa e uma paz que é o resultado de uma vida com Ele, e uma felicidade que se torna nosso foco e objetivo primeiro – NOSSO bem-estar.

E é por isso que digo que missões não é algo apenas desejável em nossas vidas cristãs individuais, mas algo vital. Porque é quando tiramos nossos olhos, por um pequeno momento que seja, de nós mesmos, de nosso pequeno mundinho e nossos problemas tão ínfimos, mas que nos parecem tão gigantescos quando nossos olhos estão em nós. Desviamos nossos olhos para um MUNDO INTEIRO – um Mundo que precisa de Deus!

Passamos a ver que a vida não é só “romantismo” e “coisas engraçadinhas”, mas algo muito sério, e muito grande. Não estamos participando de uma brincadeira de “ser legais”, estamos fazendo parte da história que o Senhor está escrevendo nesse mundo. E, nessa história, somos chamados a ser protagonistas.

Ler sobre a Arábia Saudita, Sri Lanka, Varanasi e seus povos mulçumanos, hindus, budistas, etc, e quanto esses povos precisam de nosso Salvador Jesus Cristo, torna nossos “grandes problemas”, aquelas nossas “birras de criança”, em coisas tão pequenas. Nos lembra de que essa vida passará, e com ela todas as suas propostas e bens – ficará o que foi semeado para a eternidade. Nos lembra da Grandeza de Deus, e de nossa pequenez. A grandeza do Evangelho, da Salvação que Jesus veio trazer a este mundo, e de quão bobas são nossas lutas contra Deus em busca de “satisfação”. Nos lembra de que é o Evangelho que deve conduzir as nossas vidas, e não nossas vidas usarem o Evangelho a seu próprio serviço.

Somos servos e não senhores. E é por isso que precisamos de missões em nossas vidas. Ler sobre as necessidades tão grandes dos povos ao redor deste mundo, e sobre os grandiosos feitos de Deus no meio destes povos, me faz ver a Igreja Primitiva ainda real, viva e ativa! Me faz ver que Deus realmente é o mesmo ontem, hoje e eternamente – e que Ele ainda está agindo hoje, como sempre o fez. Me faz ver como minhas pequenas lutas são mínimas diante de tudo isso. Me faz ver a Bondade, a Misericórdia, a Justiça, a Santidade e a Soberania de um Deus Vivo e cujas mãos conduzem a história da humanidade.

Que seus olhos possam ser alcançados por todas estas visões também.

 
“Que preciosos para mim, ó Deus, são os teus pensamentos! E como é grande a soma deles! Se os contasse, excedem os grãos de areia; contaria, contaria, sem jamais chegar ao fim.” (Salmo 139:17-18)

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