terça-feira, 5 de abril de 2011

Desafio aos novos reformados

Cito as palavras do Rev. Augustus Nicodemos Lopes escritas em seu post "Um culto em Mars Hill Church", que nos convidam a uma reflexão de qual deve ser a nossa postura, enquanto novos cristãos reformados a se levantarem no mundo, e de forma especial no Brasil, especialmente no que diz respeito ao equilíbrio entre princípios bíblicos para o culto cristão e comunicação com nossa cultura e com os não crentes. A conclusão de seu post foi:

"Mas, penso que o princípio por detrás de Mars Hill merece nossa consideração. Ou seja, que nós, reformados no Brasil, precisamos encontrar uma maneira de ser reformados que seja mais eficaz e relevante para nossa própria cultura, sem comprometer princípios bíblicos. Precisamos refletir seriamente sobre o quanto na tradição reformada é inegociável por ser bíblico, e o quanto pode ser alterado e mudado por representar apenas a maneira reformada de ser de nosso pais e avós séculos passados."

 Este é um dos grandes desafios para as igrejas de fé reformada no Brasil, e também no mundo. Encontrar esse equilíbrio. Não estar focado em tradicionalismos ou formalidades que não fazem parte do ensino bíblico. Não se prender em coisas do passado que são negociáveis, mas também não abrir mão do que é inegociável. Não pregar nada além de Cristo, não precisar de marketing ministerial, mas também não desprezar o diferente, aquilo que aproxima a igreja dos perdidos e da realidade cultural em que estamos inseridos.

Isso é muito difícil. Normalmente, cambaleamos para um dos dois extremos: ou somos tradicionalistas e nos prendemos a formalismos, excluindo formas diferentes de alcançar o mundo (como estilos musicais, ordens de culto, maneiras de ministrar a Palavra, estilos de vestir, etc); ou, no outro extremos, abrimos mão da verdade bíblica, da reverência e respeito que devemos ter ao cultuarmos a Deus e do foco em Cristo e sua Palavra, e passamos a nos preocupar apenas com o que irá agradar ao público-alvo. Nenhuma das duas coisas é boa. Precisamos encontrar o meio-termo diante de tudo isso, para que vivamos nossa missão de sal e luz do mundo com integridade, mas também sem preconceitos.

Deus nos guie.

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