Hello, everybody!!! ;P
Estava lendo o comentário da Julie Marie no post “Aproximações com o sexo oposto” e lembrei que eu mesma ainda não disse o que penso do assunto, não é mesmo? hehe.. I'm sorry! Vou tentar fazê-lo agora, então.
Bem, confesso que tenho tentado entender esse assunto segundo os olhos de Deus, mas ainda não cheguei à todas as respostas que eu queria. Ainda assim, tenho entendido algumas coisas.
A primeira delas é que, ao que tudo indica, existe uma (grande) diferença entre guardar o coração de uma moça e o de um rapaz. Bom, eu realmente tenho percebido que deve haver essa diferença, porque em todo o tempo o cuidado que os pais têm (e a sociedade tinha antigamente) com as moças, nesse aspecto de romance, é muito maior do que com os rapazes. Um sinal disso é que não é a moça quem vai ao pai (ou à mãe) do rapaz para pedir sua autorização e benção para firmar um compromisso romântico com seu filho. Não! É o rapaz quem faz isso! É ele quem procura pelo pai da moça, pois o Pai é o guardião definido por Deus para manter o coração de sua filha à salvo, protegido! Creio que o pai também tem um papel muito importante na sexualidade de seu filho homem, mas isso se dá de uma maneira muito especial quando se trata de sua filha.
Isso indica, muito provavelmente, o quanto o coração das mulheres precisa de um cuidado, uma proteção maior do que o dos rapazes. Por que? Não sei, espero ainda descobrir! =P Mas Deus nos fez diferentes, e essa é uma característica das mulheres. Em geral, elas são muito mais emocionais (ou seja, seus corações se envolvem de uma forma mais intensa) do que os rapazes. Isso não as faz melhores do que os homens, apenas Deus deu características diferentes para cada um segundo Seu propósito para nós.
Portanto, acredito que esse assunto possui uma importância e uma aplicação especiais para as moças, principalmente porque, na maioria dos casos, nossa geração ocidental já não tem essa proteção dos corações vinda dos pais. Os pais, mesmo os cristãos, geralmente nem se dão conta de que ser os guardiões dos corações de suas filhas ainda é e sempre será muitissimo necessário! Mas, o fato é que a maioria de nós não tem isso. O que acontece, então? Nós mesmas precisamos proteger nossos corações, e isso não é bom! Deus não intencionou que as coisas fossem assim! Deus nos fez femininas, mulheres cheias de virtudes, capazes de conquistar o rapaz com quem iremos nos casar, e isso são bençãos do Senhor, as quais deveriam ser exploradas e aprimoradas da forma correta e no momento correto, ou seja, quando nosso pai entregasse a chave de nosso coração ao rapaz que será nosso marido. Mas, como nossos corações estão constantemente expostos, então precisamos reprimir todas essas bênçãos de nossa feminilidade, e construir uma muralha ao redor de nosso coração para que nenhuma pessoa com intenções erradas (o que não está faltando hoje em dia) se aproxime dele! Craig Hill, no seu seminário Veredas Antigas, fala sobre isso, e sobre os resultados que este muro que somos obrigadas a construir acaba gerando em nossas vidas – incertezas, insegurança, medo, dureza de coração, dificuldade em entregar-se após o casamento, etc. Tudo isso porque nós, mulheres, não fomos criadas para sermos as guardiãs de nossos próprios corações! Vejam só como, em todo o tempo, deveria existir um homem exercendo esse papel: antes do casamento, esse homem seria nosso pai; após o casamento, este homem seria nosso esposo. Era assim que as coisas deveriam funcionar. Isso nos traria segurança e a certeza de que estamos sendo cuidadas, como Deus planejou. No entanto, este primeiro personagem (o pai) em geral está fora do jogo!
O que fazer, então? É aí que entra essa discussão que estamos tentando ter. Para as mulheres, cujas emoções normalmente são mais intensas do que nos rapazes, guardar o coração é algo que necessita de muita energia. Acho que é algo semelhante ao que os homens vivenciam em relação à lascívia através do olhar – por isso (também) temos tratado tanto da questão de se vestir modestamente aqui no blog. Os homens são muito visuais, são muito “físicos”, enquanto nós mulheres, ainda que tenhamos essa influência também, somos muito mais emocionais. Pessoalmente, enquanto mulher, eu acho muito mais difícil lidar com um rapaz que tem um comportamento errado (com intenções românticas) ou que gera reflexos em minhas emoções do que com um rapaz que é super sarado e bonito fisicamente. Este último, eu olho uma vez e concluo logo: “Não é pra mim!”. Fim de história. Mas o primeiro, que alcança as emoções, tem muito mais chances de enganar minha alma – as ciladas, nesse caso, são muito mais fáceis de acontecer. E eu acredito que é assim que acontece com a maioria das moças também. É óbvio que hoje, em todos os meus relacionamentos, guardo meu coração e essas coisas já não me afetam de forma tão intensa, mas, ainda assim, é algo que acaba pedindo um gasto de energia desnecessário. Acho que é algo muito semelhante à questão da imodéstia no caso dos rapazes.
Portanto, da mesma forma como nós, moças, precisamos nos conscientizar de que nossa forma de vestir gera impactos negativos muito fortes em nossos irmãos em Cristo, da mesma forma os rapazes também precisam entender que suas aproximações conosco precisam ter um certo limite.
O Leandro falou algo muito interessante: “Seja a vontade de Deus ou não, se eu gastar tempo com uma pessoa do sexo oposto, compartilhar coisas profundas do meu coração, e essa pessoa me aceitar, não me rejeitar, ser amável comigo, é o primeiro passo para que ambos terminem em sentimentos românticos.”
Isso é a mais pura verdade! E, acreditem, se o é para um rapaz, muito mais para uma moça. Não foi à toa que Deus determinou tantos caminhos para se guardar o coração e a pureza de uma moça. Elas precisam disso! As moças, em geral, são mais românticas, mais fantasiosas, mais sonhadoras e criadoras de expectativas... Deus nos fez assim! E creio que essas são características de mães que serão usadas pelo Senhor para passar a seus filhos a certeza do quanto são especiais e fazer o Seu amor abundar em suas vidas e identidades! Há um propósito nisso!
Por que será que a Palavra de Deus diz aos homens que seus deveres enquanto maridos é de “amar as suas esposas, como Jesus ama a Igreja”? Porque as mulheres precisam disso, elas são extremamente emocionais, e ser amadas é uma das formas mais fortes de transmitir a elas sua importância e identidade! Não é incrível como tudo aquilo que o Senhor nos manda fazer tem todo o sentido?
Assim sendo, grandes aproximações entre moças e rapazes pode gerar resultados emocionais inadequados, principalmente nas moças, ou então irá cobrar delas um gasto de energia muito grande para que isso não ocorra – irá exigir que elas exerçam firmemente este papel de guardiães, que não lhes compete exercer.
Não sei se os rapazes são capazes de entender isso, da mesma forma como muitas moças não entendem a necessidade de se vestirem modestamente porque acham um exagero pensar que “qualquer coisinha” em suas roupas pode levar seus irmãos ao pecado.
O que acho ser um problema, então, na maioria dos casos? É errado uma moça conversar com um rapaz, ter alguma aproximação com ele, trocar idéias? Não, dependendo do nível em que isso é feito.
Acho que o grande problema acontece quando se começa a passar muito tempo juntos, compartilhando coisas pessoais, abrindo o coração, confiando um ao outro sentimentos, emoções... Isso é o que chamamos propriamente de AMIZADE. Uma pessoa que exerce um papel diferente das outras pessoas, em quem você confia e a quem você compartilha coisas que não o faz com as pessoas em geral, alguém com quem você passa um tempo prolongado e que sabe coisas profundas sobre você. Acho que aí podemos ter um problema.
Primeiro, porque atualmente não é fácil ter amigos. Você não encontra uma pessoa em quem possa confiar e se abrir em qualquer canto, à qualquer hora. Isso faz desta pessoa alguém muito especial em sua vida, uma figura quase indispensável. Segundo, pela nossa situação enquanto cristãos, especialmente com estas visões “malucas” que temos defendido, que nos faz “um em um milhão”. Com os padrões que temos buscado viver, encontrar um AMIGO é ainda mais difícil. E, quando você encontra essa pessoa que lhe entende e compartilha de seus pensamentos, no meio das tantas centenas de outras que só sabem lhe criticar, é bastante óbvio que você irá se apegar emocionalmente àquela pessoa. Isso é algo natural, uma resposta de seres humanos. Mas, se esse tipo de aproximação acontece entre pessoas do sexo oposto, o que acontecerá? Um envolvimento e um apego emocional com uma pessoa que não é seu futuro cônjuge. Portanto, será que você está mesmo guardando seu coração e seus pensamentos para seu futuro esposo/esposa?
Para responder essa pergunta, e saber se a aproximação com uma pessoa do sexo oposto está indo além do que deveria, sugiro este questionamento: se o seu futuro esposo (sua futura esposa) aparecesse hoje em sua vida, e vocês se comprometessem um com o outro em corte ou noivado, como ele/ela reagiria ao saber dessa aproximação? Você diminuiria o contato que tem com essa pessoa? Seu futuro cônjuge aprovaria este nível de aproximação, ou isso geraria desconfiança e insegurança nele(a)? Esta amizade continuaria da mesma forma como era antes de você encontrar seu(a) futuro(a) esposo(a)?
A coisa mais comum que acontece quando uma pessoa qualquer começa a namorar, qual é? Esta pessoa acaba se afastando de suas amizades com pessoas do sexo oposto, acabam as intimidades, para evitar ciúmes do seu namorado, vira uma pessoa séria e tudo mais. Então, se essa pessoa precisa se afastar de seus relacionamentos com indivíduos do sexo oposto para não causar “ciúmes” no namorado, então muito provavelmente estas aproximações não eram lá muito puras, não é mesmo? Mas se ela não precisasse se preocupar com isso, se tivesse a certeza de que seu namorado aprovaria todos os relacionamentos que ela tinha com essas pessoas, e gostaria delas e ficaria feliz por saber que ela tinha pessoas próximas a ela daquela forma, então provavelmente estes eram relacionamentos puros.
Então, acho interessante fazermos essa pergunta em cada um dos relacionamentos que temos com pessoas do sexo oposto hoje. Ainda que não conheçamos nossos futuros cônjuges hoje, não precisamos esperar que eles apareçam para refletirmos sobre o que os agradaria ou não. Isso é nos guardar e esperar por eles.
Bom, sei que ainda preciso de muitas revelações de Deus nessa área, então suas opiniões (contrárias ou a favor) continuam sendo de extrema importância.
Quanto às meninas, gostaria de saber se vocês concordam quanto ao que tenho entendido sobre as diferenças entre homens e mulheres guardarem suas emoções. Já que temos debatido tanto sobre Modéstia, e como nossas roupas afetam os rapazes, seria bom se nós também pudéssemos falar sobre o que seria “imodesto” neles em relação a nós, o que nos afeta e nos exige mais energia.
Desculpem escrever tanto (isso deveria ser apenas um comentário no post Aproximações com o sexo oposto!! Hehehe)
Obrigada por lerem! ;)
Que o Senhor nos abençoe!